Os consumidores campinenses estão se tornando cada vez mais conscientes quanto ao pagamento das dívidas em atraso.
Um levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campina Grande mostrou que os consumidores campinenses estão mais preocupados em sair da lista de devedores do Sistema de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A informação tem levado ânimo ao varejo local, pois, impacta diretamente no comércio da cidade.
De acordo com o diagnóstico, de janeiro a julho deste ano, 4.491 campinenses regularizaram alguma dívida e deixaram a lista de devedores. Esse número é 22% maior que os 3.690 consumidores que se tornaram adimplentes no mesmo período do ano passado.
Inadimplência ainda preocupa
Segundo o presidente da CDL Campina Grande, Artur Almeida, apesar de positiva, a informação ainda deve ser vista com cautela, pois, mesmo com os consumidores buscando regularizar as dívidas, o índice de inadimplência ainda continua alto na Rainha da Borborema. “São muitas as facilidades encontradas por quem deseja negociar alguma dívida e isso tem levado o consumidor procurar, de fato, sair da chamada lista negra do SPC. Porém, o que nos preocupa é que a inadimplência continua alta”, acrescentou.
Atualmente 27.631 pessoas possuem alguma restrição no SPC. Somado o valor de todas as contas em atraso, esses consumidores devem juntos, mais de 35 milhões de reais (R$35.267.138,61). “É um valor considerável que deixa de circular na economia da cidade e que, se for recuperado, fará com que a nossa economia seja aquecida em todos os setores”, disse o dirigente lojista.
Ticket Médio
A estimativa é de que cada consumidor leva, em média, seis meses para quitar as dívidas em atraso. Já o ticket médio resulta em R$1.564,53 por consumidor inadimplente.
Cadastro Positivo
Artur comemorou a Lei do Cadastro Positivo, sancionada em 13 de março pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e em vigor desde o dia 09 de julho.
“A principal consequência da nova lei será tornar o acesso ao crédito mais fácil e com juros menores para consumidores e empresas que honram seus compromissos financeiros. Permitirá que informações, atualmente não disponíveis em uma avaliação de crédito passem a ser consideradas, possibilitando uma análise de risco mais justa e individualizada. Quer dizer, menos riscos, menos juros”, analisa.