Gerentes ganham protagonismo no futuro do trabalho

Automação, processos baseados em conexões digitais, funcionários de múltiplas gerações e novos desafios para gerenciar as pessoas tornam o papel das lideranças intermediárias decisivo para o desempenho empresarial. Para isso, os gerentes precisam ser instrumentalizados com ferramentas que simplifiquem as tarefas acessórias e que gerem insights para trabalhar o desempenho das equipes. Essas são algumas das recomendações do livro Todo o poder aos gerentes – Por que o futuro do trabalho está nas mãos da média liderança, dos consultores Bill Schaninger, Bryan Hancock e Emily Field, da McKinsey and Company.

Em entrevista ao Valor, Bryan Hancock, líder global de práticas de gestão de talentos, afirma que os gerentes poderão ser responsáveis, inclusive, por salvar empregos, adequando-os às novas necessidades da empresa. “Eles têm um conhecimento crítico sobre os processos diários, sendo essenciais nessa reinvenção do trabalho”, diz.

Papel dos gerentes é cada vez mais relevante gerentes

A reportagem lembra que no passado se chegou a defender o enxugamento dos níveis intermediários, uma ideia à qual o próprio Hancock faz autocrítica. “Quando se olha para o futuro dos empregos e organizações cada vez mais norteadas por uma gestão baseada em dados, o autor acredita que o papel da média gerência se torna ainda mais relevante. Isso porque, conhecendo as competências singulares de seus subordinados, podem reagrupá-los da melhor forma em outras funções”, consta no jornal.

Em outra entrevista a um podcast da Microsoft, é mencionada uma pesquisa McKinsey segundo a qual a IA tem o potencial de automatizar as atividades que compõem até 70% do tempo de um trabalhador e também de adicionar trilhões de dólares em valor à economia global. No entanto, à medida que o trabalho se torna mais eficiente, Hancock enfatiza que a necessidade de uma liderança humana forte se torna ainda mais importante. “Além de potencializar as habilidades, a IA generativa está devolvendo tempo aos gerentes”, observa.

Em uma entrevista com o Emily Field e Bryan Hancock no blog da consultoria, se reconhece o foco tradicional no trabalho de transformação junto à alta direção, ao mesmo tempo em que se enfatiza a atual atenção das companhias às funções gerenciais. “As empresas que estão desenvolvendo isso corretamente e estamos conseguindo ajudá-las. Não se pensa mais em ‘enviar os gerentes para treinamento’. Agora, reconhecem que precisamos repensar todo sistema operacional de gerenciamento”, diz Field. “Estão fazendo perguntas sobre como liberam tempo para que os gerentes pensem criticamente; como focar no desenvolvimento de suas próprias habilidades e treinar suas equipes, que trabalho administrativo se pode eliminar, ou quais tecnologias podem ser usadas para automatizar parte do trabalho”, enumera.

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