Um recente estudo da ManageEngine revelou que os deslizes de funcionários, principalmente ao visitar sites não confiáveis e utilizar aplicações maliciosas, são responsáveis por mais da metade dos ciberataques ocorridos no Brasil.
A pesquisa entrevistou 705 profissionais de cibersegurança e líderes de TI, apontando que 54% das empresas brasileiras identificaram o mau uso de sistemas e dispositivos pelos colaboradores como uma das principais causas de ciberataques. Além disso, o estudo destacou que os ataques de phishing direcionados a funcionários também contribuem significativamente para a abertura de brechas na segurança corporativa. Esse comportamento imprudente por parte dos funcionários pode ter sido um fator relevante para o aumento no número de incidentes de segurança, com 54% das corporações relatando um crescimento no número de ataques em 2023 em comparação aos anos anteriores.
Edemilson Koji Motoda, presidente do Instituto GEOC, destaca a importância das empresas na prevenção de ciberataques. “Orientar os colaboradores sobre segurança e promover treinamentos constantes, aliados ao uso de ferramentas tecnológicas avançadas, é essencial para controlar as ameaças”, afirma Motoda.
O executivo também enfatiza a necessidade de proatividade por parte das empresas: “É fundamental que as organizações intensifiquem suas ações preventivas, em vez de aguardarem problemas para então tentar remediar os danos. A conscientização e o treinamento contínuo das equipes são as melhores armas contra as ameaças cibernéticas.”
Motoda também comenta sobre a importância de uma cultura de segurança nas empresas: “Segurança cibernética não deve ser apenas responsabilidade do departamento de TI. Todos os colaboradores precisam estar engajados e conscientes dos riscos, sabendo que suas ações individuais podem impactar toda a organização.”
10 dicas para as empresas se protegerem de ciberataques
- Treinamento contínuo dos funcionários: Invista em programas de treinamento regulares que abordem as práticas recomendadas de segurança, como identificar tentativas de phishing e evitar o uso de sites não confiáveis.
- Implementação de políticas de segurança claras: Estabeleça e comunique políticas de segurança cibernética que descrevam claramente o que é aceitável e o que não é em termos de comportamento online.
- Uso de software de segurança atualizado: Certifique-se de que todos os dispositivos e sistemas utilizem software de segurança atualizado, como antivírus, firewalls e ferramentas de detecção de malware.
- Monitoramento de atividades suspeitas: Utilize soluções de monitoramento para detectar atividades anômalas e possíveis ameaças em tempo real, permitindo uma resposta rápida.
- Controle de acesso rigoroso: Implemente políticas de controle de acesso para garantir que apenas funcionários autorizados possam acessar informações e sistemas sensíveis.
- Criação de backups regulares: Mantenha backups regulares de dados críticos em locais seguros, para garantir a recuperação em caso de um ataque bem-sucedido.
- Segmentação da rede: Separe as redes internas das redes externas e limite o acesso entre diferentes setores da empresa para minimizar o impacto de um possível ataque.
- Avaliação de fornecedores: Realize avaliações de segurança em fornecedores e parceiros para garantir que eles também sigam práticas de segurança cibernética adequadas.
- Plano de resposta a incidentes: Desenvolva e mantenha um plano de resposta a incidentes que inclua procedimentos claros para lidar com ataques cibernéticos.
- Testes de invasão regulares: Conduza testes de invasão regularmente para identificar vulnerabilidades na rede e corrigir falhas antes que possam ser exploradas por cibercriminosos.
“Adotar essas medidas é crucial para que as empresas possam minimizar os riscos e se protegerem de ciberataques cada vez mais sofisticados,” conclui Motoda. “A cibersegurança deve ser uma prioridade estratégica, integrada em todos os níveis da organização”, finaliza Edemilson Koji Motoda.
O post Visitas a sites não confiáveis: causa principal de ciberataques no Brasil apareceu primeiro em Varejo S.A.