Ao longo dos anos, a Black Friday deixou de ser limitada a uma única sexta-feira de descontos, estendendo-se por todo o mês e sendo agora chamada Black November. Com a proximidade desse evento tão importante para o varejo, a Rcell realizou uma pesquisa proprietária com os principais varejistas regionais de 13 estados do Brasil. Os resultados indicam uma expectativa generalizada de aumento no ticket médio e no volume total de vendas para este ano.
O levantamento constata que cerca de 70% dos varejistas entrevistados esperam um crescimento no faturamento em comparação a 2023, que teve a maior venda histórica em unidades. Além disso, estratégias como o uso intensivo de e-mail marketing, WhatsApp para comunicação e promoções, e telemarketing ativo, foram destacadas como as principais ferramentas para engajar os clientes e impulsionar vendas.
“A Black November deste ano é a grande oportunidade para os varejistas brasileiros, tanto para aumentar suas receitas, quanto para reforçar suas marcas no mercado. As expectativas positivas predominam, e os dados que coletamos mostram que, com planejamento estratégico e uso eficiente das ferramentas de marketing, o varejo pode alcançar resultados expressivos nesta data tão aguardada”, afirma Alexandre Della Volpe Elias, CMO do Grupo Rcell.
A pesquisa também revelou que para 75% dos varejistas o planejamento das promoções de Black November começa dois meses antes do evento. A principal estratégia adotada para se preparar para o aumento da demanda é a antecipação das negociações com os fornecedores, garantindo assim um estoque adequado para atender ao fluxo de vendas.
Outro ponto destacado no estudo é a atenção voltada para a experiência do cliente, onde 73% dos varejistas adotam melhorias com base no feedback dos clientes e têm priorizado a comunicação das ofertas, a logística, sortimento de produtos em oferta, condições de pagamento, informações sobre o produto, além do investimento em tecnologia, melhorando a navegação e usabilidade de sites e aplicativos.
“O foco dos varejistas está em assegurar que cada contato seja uma oportunidade para surpreender positivamente o consumidor, reforçando a confiança na marca. Essa preocupação em ouvir os clientes e levar em consideração os feedbacks recebidos mostra o esforço constante em criar uma experiência de compra cada vez mais alinhada às necessidades e desejos do público”, explica Elias.
O estudo também mostrou que 50% do público decisor de compra é feminino e a faixa etária predominante varia de 35 a 50 anos. Além disso, 80% dos entrevistados afirmaram que o ticket médio das compras varia de R$ 500 a R$ 1.500,00. Para alcançar esse público, os varejistas apostam em canais como redes sociais e WhatsApp para aumentar a eficácia das ofertas e em promoções focadas em smartphones, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática.
Avaliando pelo lado do consumidor, de acordo com pesquisa divulgada pela NielsenIQ GfK Brasil, o ano de 2024 apresenta uma boa performance nas principais sazonalidades do ano. Em comparação a 2023, o Saldão Janeiro teve um crescimento de 5% em faturamento, a Consumer Week aumentou 23% em vendas de unidades e 10% em faturamento, e Dia das Mães teve um crescimento de 14% em unidades e 5% em fatiramento, e a Black November tende a seguir esse movimento.
A tendência é que em 2024, por conta do evento climático La Niña durante o período, produtos como cafeteira, lava e seca, secador de cabelo e produtos relacionados ao maior conforto e praticidade em dias frios. No geral, segundo o estudo, a categoria que também tende a manter o bom resultado é a de refrigeradores, com aumento de 15% na procura.
A pesquisa destaca, também, que comportamento do consumidor tende a mudar com relação a 2023, ou seja, eles estarão mais confortáveis em investir neste ano e um dos principais motivos de investimento é a troca de produtos quebrados ou antigos e compra de produtos por recomendação.
O perfil do consumidor é outro dado que chama a atenção na pesquisa: 57% são mulheres de até 44 anos, consolidando o público feminino como decisor de compra. A escolha do tipo de varejo é outro ponto considerável durante a Black November, com 64% optando por varejos que oferecem os melhores preços, 28% pelos que contam com entrega grátis, 25% optam pela disponibilidade, 17% pelo parcelamento e 16% pela facilidade de comparar os produtos. Esse último destaca um dos motivos dos varejistas investirem em tecnologias e melhor navegabilidade dos seus sites.
Outro dado importante é que o canal online apresenta estabilização nos últimos anos, mas ainda continua como protagonista da sazonalidade: ao longo do ano em torno de 25% das jornadas são puramente físicas, na Black November elas representam 22%, refletindo a importância do digital durante o mês de promoções.
Embora o investimento em estratégias de marketing digital, juntamente com a atenção à experiência do cliente destaca-se como um diferencial para os varejistas que buscam diferencial nesse período competitivo, ajustar as ofertas para o novo cenário de novas demandas dos consumidores se mostra ainda mais vantajoso para a maximização de vendas, tornando a Black November não apenas um evento lucrativo, mas alinhado às tendências emergentes. “A combinação entre as estratégias e a antecipação dos novos comportamentos de consumo pode garantir resultados muito mais expressivos”, conclui Elias.
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