Em um mercado onde a batalha por talentos é cada vez mais acirrada, as empresas buscam estratégias inovadoras para tornar o processo de recrutamento e seleção mais eficaz. Uma dessas abordagens é a metodologia Service Level Agreement (SLA), que surge como uma ferramenta poderosa para otimizar a gestão de contratações.

Originalmente criada para serviços e suporte técnico, a SLA foi adaptada para o recrutamento, oferecendo uma estrutura sólida para definir metas, prazos e responsabilidades ao longo do ciclo de contratação. Simplificando, o SLA é calculado dividindo-se o tempo necessário para preencher uma vaga pela quantidade de vagas abertas. Quanto menor esse número, mais eficiente é o processo.

De acordo com Thaisa Batista, fundadora da startup abler, que conecta empresas a candidatos, analisar o tempo médio de fechamento das vagas é crucial. “Seja um problema que ocorra durante o planejamento ou na execução do processo, o conceito de SLA faz com que a identificação desse gargalo seja simplificada. Estar atento a esse número é essencial”, destaca.

A demora para fechar uma vaga pode ter impactos negativos significativos. “Quanto mais tempo se leva para fechar uma vaga, maior o período sem um colaborador trabalhando, afetando diretamente os procedimentos de onboarding, treinamentos, a execução de processos e a entrega de resultados”, pontua Thaisa. Portanto, reduzir o tempo de contratação não é apenas uma questão de eficiência, mas de manter a engrenagem da empresa funcionando suavemente.

Para enfrentar esses desafios, a executiva sugere várias estratégias. Primeiro, investir em employer branding, ou marca empregadora, é fundamental. “Um conceito que deve ser adotado, independente se a empresa está com vagas abertas, é trabalhar a marca empregadora. Um employer branding forte causa, naturalmente, essa atração para as pessoas candidatas. Os profissionais já têm uma referência e conhecem a empresa, sentindo-se mais encorajadas a se candidatar”, revela.

Outra tática é a criação de um banco de talentos, onde as vagas são anunciadas antecipadamente. “É importante deixar claro que essas posições são para um banco de talentos, e que os candidatos serão considerados prioritariamente quando surgirem vagas”, explica Thaisa. Esta estratégia mantém um fluxo constante de potenciais candidatos prontos para preencher as vagas rapidamente.

Para fechar, a automação no recrutamento também oferece uma série de benefícios. “Recrutamento e seleção não se resumem a interações com candidatos. Existe todo um trabalho que exige o gerenciamento de demandas com gestores e comunicação com outros profissionais em paralelo. É uma busca ativa, e trabalhar com automação é essencial para tornar todos os processos mais produtivos”, finaliza.

Com essas estratégias e a aplicação da metodologia SLA, as empresas não apenas tornam o processo de recrutamento mais eficiente, mas também garantem que estão sempre um passo à frente na corrida por talentos.

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