Economia Criativa demanda profissionalização

O mercado de Economia Criativa ainda passa por um momento de necessidade de profissionalização. É isso que mostra a pesquisa Creators & Negócios 2023, da YOUPIX: 52% dos criadores de conteúdo digital fizeram de 1 a 12 trabalhos sem contrato em 2023 e 70% fecharam um job com valor muito abaixo do que solicitaram na proposta. Pedro Gelli, sócio fundador da Curta, startup e hub de estratégias de negócios para influenciadores, explica que isso ocorre porque muitos influenciadores iniciam sua carreira de uma maneira meteórica, crescendo sem ter o tempo necessário para se aprofundar nas nuances da profissão e efetivamente se tornar profissional da área.

O executivo reforça que “o crescimento veloz não consegue acompanhar a quantidade de informações que se precisa absorver sobre o mercado de Economia Criativa”. Gelli, que além de empresário, é influenciador há mais de 10 anos. “Quando meu canal estourou eu não tinha esse conhecimento ou apoio, portanto, eu precisava vincular uma quantidade muito grande de vídeos para manter meu engajamento e o contato com o público, já que ele era feito de maneira mais amadora”.

E, segundo a mesma pesquisa, embora esteja aumentando a quantidade de influenciadores que estão ao menos experimentando alternativas para monetizar seus negócios (49% em 2023 contra 38% em 2022), existe uma necessidade crescente de saber como efetivamente construir a imagem da marca por meio de uma estratégia de marketing. A renda, por exemplo, é um dos pontos ainda em desenvolvimento para o cenário brasileiro de criadores de conteúdo, afinal, atualmente, 18,6% dos criadores não ganham dinheiro algum com o trabalho que desenvolvem e 23% ganham até R$ 2 mil – pouco mais de um salário mínimo.

Ao comercializar melhor sua marca, a imagem da pessoa por trás daquele canal se torna muito mais forte e com crescimento muito maior. Essa é uma maneira, de acordo com Gelli, de tornar a imagem da marca duradoura, mantendo e, inclusive, aumentando a receita vinculada a ela. “É a construção de uma base sólida e segura para essa pessoa”, finaliza.

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