O Rio Grande do Sul enfrenta atualmente uma situação de extrema emergência, devido a uma catástrofe climática sem precedentes. As intensas chuvas que assolam o estado resultaram em inundações que afetaram cerca de 441 cidades, todas agora em estado de calamidade. O impacto humano dessas enchentes é avassalador, com aproximadamente 340 mil pessoas desalojadas, das quais 71,4 mil encontram-se em abrigos improvisados. Tragicamente, o número de vítimas fatais, pessoas feridas e desaparecidas continua a aumentar.
Diante desse cenário desolador, observa-se uma notável onda de solidariedade e empatia por parte da população brasileira. De todas as regiões do país, têm chegado demonstrações profundas de apoio e auxílio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Desde doações de alimentos, roupas e produtos de higiene até voluntários que se prontificam a ajudar nos resgates e no cuidado com os desabrigados, a mobilização nacional tem sido exemplar. Esta resposta solidária evidencia a necessidade de união e compaixão em meio a momentos de crise. A solidariedade manifestada diante desta situação do Sul do país reflete a resiliência e a humanidade presentes na sociedade brasileira. Afinal, em tempos adversos, é notório o papel crucial do impacto social positivo.
Certamente, o avanço da tecnologia também tem desempenhado um papel fundamental na gestão e resposta a desastres naturais, como neste caso das enchentes do Rio Grande do Sul. Um dos aspectos mais positivos desta evolução é a capacidade de mobilizar rapidamente recursos financeiros por meio de sistemas de pagamento instantâneos, como o PIX. Este método permite que pessoas de todo o Brasil contribuam em tempo real para as áreas afetadas, facilitando uma resposta ágil e eficaz. Além disso, a tecnologia moderna de comunicação ( Instagram, Whatsapp, Facebook etc…) garante que informações vitais sobre segurança e evacuação cheguem a uma vasta audiência em questão de segundos, maximizando, assim, a eficiência das operações de socorro e minimizando possíveis danos e perdas humanas.
Riscos e golpes
No entanto, apesar desses benefícios, a evolução da tecnologia também traz riscos significativos, uma vez que o mesmo sistema PIX, que facilita doações rápidas, também pode ser explorado por indivíduos mal-intencionados. Chaves de PIX falsas são, por vezes, divulgadas, levando a doações que acabam nas mãos de fraudadores, em vez de auxiliar as vítimas necessitadas. Isso sublinha a importância de uma verificação rigorosa e conscientização pública, para garantir que a generosidade dos doadores alcance os verdadeiros necessitados.
Outro risco que surge junto ao enfrentamento da crise é a propagação de “fake news”. Enquanto os órgãos de comunicação buscam fornecer informações precisas e atualizadas para orientar a população e coordenar esforços de socorro, a disseminação de informações incorretas ou manipuladas pode causar confusão e pânico desnecessários, comprometendo os esforços de resposta aos desastres.
Em meio ao que está acontecendo no estado do Rio Grande do Sul, é crucial estar atento para evitar golpes financeiros e a disseminação de informações falsas. Aqui estão algumas dicas e sugestões que podem ser úteis para todos aqueles que querem ajudar de alguma forma.
1. Verifique as fontes de informação
Sempre busque informações de fontes confiáveis e oficiais, como os canais de comunicação do governo, da Defesa Civil, e veículos de imprensa reconhecidos. Desconfie de informações que chegam por redes sociais ou aplicativos de mensagens sem a devida verificação.
2. Confirme as chaves PIX
Antes de realizar doações via PIX, verifique se a chave é oficial e está devidamente cadastrada por uma entidade confiável. Organizações de renome geralmente publicam suas chaves PIX em seus websites oficiais ou através de campanhas publicitárias claras e verificáveis.
3. Cuidado com as urgências
Golpistas frequentemente criam um senso de urgência para pressionar as pessoas a agirem rapidamente. Desconfie de qualquer pedido de doação que exija uma ação imediata, especialmente se a solicitação vier por meio de um canal inesperado.
4. Eduque-se sobre os sinais de golpe
Informe-se sobre os tipos mais comuns de golpes, para poder reconhecê-los. Por exemplo, mensagens com erros gramaticais, links suspeitos ou pedidos de informações pessoais sensíveis são indicativos de tentativas de fraude.
5. Propague informações com responsabilidade
Se não tiver certeza sobre a veracidade de uma informação, evite compartilhá-la. Contribuir para a disseminação de informações falsas pode causar mais danos durante uma situação de crise.
6. Siga as orientações oficiais
Preste atenção aos comunicados e orientações oficiais sobre como e onde doar ou como receber assistência. Os órgãos oficiais também costumam oferecer orientações sobre como evitar golpes.
Por fim, torna-se urgente não apenas a mobilização para apoio às vítimas, mas também a implementação de ações ambientais necessárias para mitigar futuros eventos catastróficos. É crucial que os governos, organizações não governamentais e a sociedade como um todo se unam em esforços colaborativos para promover a preservação ambiental, o planejamento urbano sustentável, a adoção de tecnologia e medidas de adaptação às mudanças climáticas.
Por Fernanda Faria Chaves e Marcos Silva
do Comitê de Conhecimento – Alumni FDC
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