Um ambiente tóxico de trabalho inclui uma série de sinais claros que vão desde a atmosfera estressante e antiética até atitudes desrespeitosas e não-inclusivas. A reação dos colaboradores também pode variar quando enfrentam esse tipo de convivência, mas os resultados são quase sempre negativos para o grupo.

Em artigo sobre o tema, o site TechTarget, especializado em tecnologia, pontua que os funcionários podem ficar ansiosos em expressar suas opiniões, por medo de serem rejeitados ou repreendidos. Um ambiente de trabalho tóxico também pode levar a comportamentos antiéticos, como racismo, mentiras ou falsas promessas. Ou seja, cria-se um ciclo vicioso.

Como não aparecem do nada, os ambientes tóxicos precisam estar na mira de todos, mas especialmente da liderança. Às vezes até sem má intenção, quem está à frente das operações pode amplificar a toxicidade.

A identificação dos sinais de criação desse tipo ambiente é vital para evitar a toxidade ou para a correção de rotas, como indica Peter Economy, um especialista no tema, citado pela revista Pequenas Empresas Grandes Negócios (PEGN).

O primeiro indicativo já foi citado é o silêncio dos colaboradores, que deixam de compartilhar opiniões. Nesse cenário, os únicos assuntos que chegam aos líderes são os problemas. Ao mesmo tempo, a evasão de bons profissionais passa a ser uma constante.

Esses três sinais são complementados por outras indicações claras: a equipe evita conflitos e se sente culpada, mesmo quando tira férias, e as regras não valem para todos. Para fechar a lista, o desenvolvimento profissional deixa de ser real, indicando que as pessoas não são prioridades.

A fumaça da toxidade também foi mapeada pelos especialistas da Tech Target e traz outros componentes como o estresse excessivo, que causa fadiga física e mental, e as fofocas corporativas, que são comuns em ambientes de trabalho, mas que ganham contornos extremos em locais tóxicos.

A negatividade, já citada acima, é outro indicador de moral baixa e, portanto, uma barreira para se ter uma cultura produtiva.

Combate à cultura tóxica

Assim como é possível ter um diagnóstico de ambiente tóxico, os especialistas acreditam em decisões que podem reverter o processo. O combate à cultura tóxica envolve, é claro, colocar as pessoas em primeiro lugar e a priorizar o bem-estar.

Modelar as expectativas e fortalecer uma política de reconhecimento também faz a diferença, ao lado da transparência. Sim, porque outro sinal claro da toxicidade é o comprometimento da qualidade.

No Brasil, é importante destacar que o risco mental, comum em ambientes de trabalho tóxicos, ganhou um destaque com a atualização da NR-1, norma regulamentadora que trata das questões de saúde e de segurança no trabalho.

As regras da NR-1 serão aplicadas em caráter educativo até maio de 2026, quando passarão a ser punitivas, após devida fiscalização do Ministério do Trabalho, para as empresas que não combaterem o problema, uma vez que ele foi identificado.

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