Geração Z perde espaço para IA no mercado de trabalho

A reputação que a Geração Z criou no mercado de trabalho está produzindo frutos amargos, segundo pesquisa da Hult International Business School. De acordo com o estudo, 37% dos gestores preferem investir em soluções de inteligência artificial (IA) a contratar recém-formados nascidos entre 1995 e 2010.

A lista de críticas aos nativos digitais da Geração Z inclui a ausência de ética e trabalho e de resiliência profissional, além da falta de capacidade para lidar com feedback construtivo. O que conta a favor dos profissionais que pertencem a essa faixa etária continua sendo a fluência tecnológica e adaptabilidade às funções, segundo a mesma pesquisa.

Entre os detalhes, a pesquisa mostra que os gestores não consideram que a Geração Z tenha experiência no mundo real e ainda carece de uma mentalidade global. Essas duas características foram as mais citadas, respectivamente, por 60% e 57% dos gestores.

Um pouco mais da metade deles ainda avalia que os profissionais dessa geração não sabem trabalhar bem em equipe e que o treinamento deles é caro. A etiqueta profissional é outra deficiência importante.

Outro dado esclarecedor é que, apesar de 98% dos recrutadores estarem enfrentando dificuldades para encontrar talentos, 89% deles evitam contratar candidatos da Geração Z.

Os resultados estão alinhados com outro levantamento, feito em 2023 pela ResumeBuilder, que já apontava que três em cada quatro gestores consideravam a Geração Z mais difícil de trabalhar. A pesquisa citada acrescentou outra característica à lista de fatores negativos: a falta de independência.

O desalinhamento de expectativas também mostrou indicadores complicados no levantamento: 54% dos profissionais Geração Z estariam sendo demitidos nos primeiros 90 dias de trabalho. Os dados são de reportagem da revista Forbes.

A matéria também dá a resposta para enfrentar o descompasso entre gestores e a Geração Z: diálogo. Primeiro, é preciso entender que essa geração nativa digital tem uma comunicação própria, forjada no ambiente online e ainda com a pressão do isolamento caudado pela pandemia de Covid 19.

A recomendação é permitir a interação presencial com profissionais seniores, que pode trazer experiência e ampliar a capacidade dos recém-formados, algo que as gerações anteriores vivenciaram mais. O próprio levantamento da Hult confirma isso, ao destacar que 77% dos entrevistados da Geração Z afirmaram que o conhecimento adquirido em seis meses de prática no trabalho presencial foi enriquecedor e complementar aos quatro anos na universidade.

O post Geração Z perde espaço para IA no mercado de trabalho apareceu primeiro em Varejo S.A.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir