A busca por crédito no país caiu ‐8,76% em maio de 2025 em relação a maio de 2024. Na passagem de abril para maio, o número de consultas caiu ‐12,70%. É o que mostra o Indicador de Demanda por Crédito da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
“A queda expressiva nas consultas por crédito e o baixo percentual de efetiva contratação indicam tanto uma desaceleração da atividade econômica do país, quanto uma insegurança dos consumidores com medo do endividamento ou exclusão do sistema de crédito. O país passa por um momento sensível, com juros elevados que impactam diretamente no orçamento das famílias”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
Analisando o perfil do consumidor que buscou crédito no Brasil em maio, nota‐se que o público predominante é o masculino, com participação de 53,31%. Na abertura por faixa etária, o público com participação mais expressiva foi de 40 a 49 anos, que representou 24,64% do total.
O indicador aponta que, do público consultado, 0,92% contrataram algum serviço de crédito. Os dados mostram que desse público, 95,71% contrataram Empréstimo e 2,88% Financiamento, totalizando 98,59%. Lembramos que um mesmo CPF pode contratar mais de um produto.
Observando a abertura por grupos financeiros que realizaram consultas em maio, o grupo com participação mais expressiva no Brasil foi Intermediação monetária depósitos à vista (34,80%), seguido por Atividades auxiliares dos serviços financeiros (23,58%), que totalizam 58,39% das consultas.
No momento da consulta, 34,53% dos consumidores possuíam alguma restrição ativa.
“O retrato financeiro do consumidor brasileiro é de clara contração e fragilidade, em um contexto de aperto monetário, restrição fiscal e crescente risco social. Mesmo quando há quitação de dívidas, o consumidor está em situação tão vulnerável que volta rapidamente ao endividamento”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Abrindo os resultados por região, o Sudeste apresentou a maior participação no número de consultas em maio, com 46,20%, seguido pelo Nordeste (21,63%), Sul (17,47%), Centro‐Oeste (8,29%) e Norte (6,40%).
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