Varejo online deve dobrar até 2027

O e-commerce brasileiro terá uma grande expansão até 2027, com o varejo alcançando grande destaque nos próximos dois anos e consolidando sua liderança quando se trata de vendas online. De acordo com a segunda edição do estudo “Guia de expansão global para mercados de alto crescimento”, produzido pela fintech canadense de meios de pagamento Nuvei, com foco nos mercados de Brasil e África do Sul, em 2027 o comércio eletrônico das empresas varejistas vai alcançar US$ 297,7 bilhões, ante US$ 137,3 bilhões em 2024.

O avanço do varejo nas vendas online no Brasil deve apresentar um ritmo ainda mais acelerado do que o projetado para o e-commerce como um todo no país. Considerando todos os segmentos, o comércio eletrônico deve passar dos US$ 346,3 bilhões de 2024 para US$ 585,6 bilhões em 2027 – uma alta de 70%.

Tanto no e-commerce em geral quanto no recorte do varejo, três fatores principais impulsionam os resultados, na avaliação da Nuvei: uma grande população jovem, a adesão cada vez mais intensa do brasileiro à cultura digital e as facilidades de pagamento proporcionadas pelo Pix, ferramenta que insere no mercado consumidor uma grande quantidade de pessoas que antes não tinham acesso a compras online.

“No caso do varejo, que tende a consolidar sua liderança nos próximos anos, vemos que são grandes vetores de crescimento as vendas de vestuário, acessórios e itens de moda em geral. Esses segmentos varejistas conseguiram alinhar a oferta de produtos às preferências dos brasileiros ao mesmo tempo em que aperfeiçoaram a logística de entrega”, destaca Daniel Moretto, vice-presidente sênior da Nuvei América Latina. “A combinação desses fatores faz o e-commerce cair no gosto do consumidor, elevando a participação do varejo à metade desse mercado. E as vendas de vestuário têm muito a ver com isso”, acrescenta.

Paralelamente ao varejo, continuam em expansão outras verticais do comércio eletrônico. Um dos destaques é o segmento de viagens, que deve movimentar US$ 93,1 bilhões em 2027, com avanço de 64% sobre os US$ 56,7 bilhões de 2024 – assim, o segmento continuará sendo o segundo mais expressivo no e-commerce brasileiro, em grande parte por estar adaptado às preferências locais de facilidades de pagamento. Outro segmento que tende a ampliar sua presença no comércio eletrônico brasileiro nos próximos dois anos é o de apostas online (bets), com alta de 33% (saindo de US$ 39,3 bilhões para US$ 52,3 bilhões no período).

A segunda edição do estudo da Nuvei faz parte de uma série de mapeamentos de mercados emergentes de alto crescimento que também abarca Colômbia e os Emirados Árabes Unidos (temas da primeira edição) e México, Hong Kong, Chile e Índia, escopos dos levantamentos seguintes.

África do Sul

Com características semelhantes às do Brasil (população jovem e entusiasta de inovação), o e-commerce da África do Sul deve crescer, de 2023 a 2027, a uma taxa composta anual de 18%, atingindo US$ 15,8 bilhões. E, assim como o comércio eletrônico brasileiro, o sul-africano tem como destaque o varejo, que deve alcançar 60% do total daqui a dois anos – eram 58% em 2024.

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