Especialistas apontam mudanças no uso da inteligência artificial após lançamento de iPhone centrado em IA

O lançamento do iPhone 16 com a nova Apple Intelligence no iOS 18 está movimentando o mercado de tecnologia. Com a inteligência artificial no centro das inovações do novo dispositivo, especialistas discutem como essa tecnologia pode alterar o uso de smartphones. A Apple promete uma experiência mais fluida e personalizada, mas a verdadeira aceitação dessas ferramentas ainda depende da adaptação do usuário médio.

Segundo um estudo da McKinsey, o mercado global de IA deve atingir US$ 127 bilhões até 2025, e até lá deve gerar cerca de 2 milhões de empregos. As grandes empresas de tecnologia, como a Apple, estão apostando fortemente nessa tendência para diferenciar seus produtos e serviços.

Alan Nicolas, especialista em IA para negócios e fundador da Academia Lendár[IA], pontua que a entrada definitiva da empresa comandada por Tim Cook no mercado da IA corrobora o potencial de alcance dessa tecnologia. “A Apple está colocando a inteligência artificial em um patamar onde o dispositivo não só responde ao usuário, como já fazia a Siri, mas também antecipa suas necessidades. Essa capacidade de entender o contexto do que estamos fazendo, onde estamos e o que pretendemos realizar cria uma experiência inédita e otimizada para cada pessoa”, afirma o especialista.

Automatização inteligente e escrita assistida

Com o Apple Intelligence, os novos iPhones 16 são capazes de automatizar uma variedade de tarefas diárias. Desde agendar compromissos com base em e-mails recebidos até sugerir respostas personalizadas em conversas, a inteligência artificial trabalha em segundo plano, interpretando padrões de uso e comportamento do usuário.

A nova ferramenta de escrita assistida, por exemplo, utiliza dados coletados para sugerir frases completas que refletem o estilo de comunicação da pessoa, economizando tempo e melhorando a eficiência da mensagem. Outro destaque é a capacidade de geração de conteúdo, onde a IA organiza informações e cria textos, apresentações e até imagens de acordo com as preferências e necessidades de cada usuário.

Para Alan Nicolas, essas funcionalidades têm o potencial de transformar a maneira como as pessoas interagem com a tecnologia e entre si, tanto em ambientes pessoais quanto profissionais. “Com a capacidade de gerar conteúdo e respostas contextualizadas, o iPhone 16 pode facilitar a comunicação em um nível mais profundo e eficiente, especialmente em um mundo onde a interação digital é predominante. Nos ambientes profissionais, a automatização de tarefas e a criação de conteúdo em tempo real podem acelerar processos e decisões, liberando mais tempo para a criatividade e a inovação”, explica o especialista.

Segurança e privacidade em foco

A Apple sempre foi conhecida por sua postura rigorosa em relação à privacidade, e o Apple Intelligence segue essa tradição. A empresa afirma que, embora parte do processamento ocorra na nuvem para otimizar a velocidade e a eficiência das respostas, os dados mais sensíveis permanecem no próprio dispositivo. Isso proporciona maior controle ao usuário sobre como suas informações são utilizadas e compartilhadas.

Essa combinação de segurança com alta tecnologia de IA pode se tornar um diferencial no mercado, já que uma reclamação de muitos usuários é sobre como os conteúdos imputados em ferramentas de IA podem ser utilizados para aprendizado de máquina. “A Apple está se colocando como líder de um movimento onde a inteligência artificial não precisa comprometer a privacidade. O processamento local é uma forma inteligente de garantir que as informações sensíveis permaneçam sob o controle do usuário, enquanto o sistema continua oferecendo interações de alto nível”, destaca Alan.

Para uma análise mais técnica e isenta sobre o impacto das novas ferramentas do iPhone 16, Alan Nicolas explica que é importante adotar uma postura de cautela antes de tirar conclusões sobre o sucesso da Apple Intelligence. “Ainda precisamos ver como essas inovações serão aceitas pelo usuário médio. Por mais que as funcionalidades de IA pareçam promissoras, o verdadeiro teste será a adoção cotidiana dessas ferramentas. A capacidade de automatizar e personalizar tarefas depende muito de como o público em geral se sentirá confortável em delegar essas ações ao dispositivo”, conclui o especialista.

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