A edição de novembro do Panorama do Comércio, publicado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), já está disponível. Com os dados do terceiro trimestre de 2024 em mãos, o cenário econômico brasileiro se apresenta de maneira positiva, com sinais claros de recuperação em diferentes regiões do país. A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) supere as projeções feitas no início do ano, marcando um crescimento mais equilibrado entre os setores. Essa diversificação é um contraste com o desempenho de 2023, que foi fortemente influenciado pela Agropecuária.
No entanto, o crescimento regional segue ritmos distintos. O Norte desponta como uma região com o melhor desempenho econômico, liderando tanto no aumento de empregos formais quanto no saldo de crédito para pessoas físicas e jurídicas. Já o Centro-Oeste enfrenta desafios relacionados ao setor agropecuário, afetados por condições climáticas adversas, mas registra avanços pontuais em estados como Goiás e Distrito Federal. No Sul, o Rio Grande do Sul enfrentou um impacto econômico significativo causado pelas enchentes do início do ano.
Desafios Macroeconômicos e SELIC
Embora o crescimento econômico seja uma boa notícia, o quadro macroeconômico ainda enfrenta desafios importantes. A inflação permanece acima do centro da meta, e o cenário internacional adiciona incertezas. Nos Estados Unidos, as eleições presidenciais e seus potenciais impactos sobre a política econômica geraram volatilidade no dólar e recebimentos de possíveis ajustes na trajetória de queda dos juros americanos.
Esses fatores foram determinantes para que o Banco Central do Brasil mantivesse a taxa básica de juros (SELIC) em 11,25% ao ano. Internamente, o país ainda lida com o desafio de cumprir as metas fiscais impostas no novo arcabouço fiscal, uma condição essencial para sustentar o crescimento econômico de forma consistente.
Com um 2024 marcado por oscilações, o setor do comércio redireciona suas atenções para as vendas de fim de ano. Esse momento é crucial para consolidar os ganhos registrados ao longo dos últimos meses e estabelecer um novo patamar de desempenho para o setor. Além de representar uma oportunidade para alavancar os resultados, a temporada de festas deve ser influenciada pelos números positivos de emprego e crédito, que podem estimular o consumo.
No entanto, a volatilidade econômica e os desafios inflacionários bloquearão a atenção redobrada por parte dos empresários, que precisarão apostar em estratégias eficientes para atrair consumidores e superar eventuais adversidades. Assista também ao vídeo abaixo com a especialista em Finanças da CNDL, Merula Borges, com a análise do Panorama do Comércio deste mês.
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