Realizar trabalhos temporários para sustentar a família ou complementar a renda não é algo novo. No entanto, a maneira como esses trabalhos são realizados hoje é tão influenciada pela tecnologia que recebeu um nome específico em inglês: gig economy. O termo refere-se aos tipos de atividade em que uma pessoa realiza tarefas sob demanda, geralmente por meio de plataforma específica ou tendo redes sociais como apoio.
Dentro desse contexto de alternativa de rendimento, a venda direta emerge como uma opção atraente para quem busca aliar flexibilidade a oportunidades de fontes adicionais. O setor movimentou no ano passado R$47 Bilhões no Brasil. E o motivo é exatamente a liberdade. A pesquisa da Upwork aponta que as principais motivações para ingressar na gig economy incluem a flexibilidade (73%) e a necessidade de ter uma renda extra (83%); 80% dos trabalhadores gig relatam estar satisfeitos com o resultado do seu trabalho.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), os empreendedores independentes ganham qualidade de vida ao definir seus próprios horários, conciliando responsabilidades pessoais e profissionais.
O estudante de nutrição Antônio Francisco Teixeira de Melo Neto conheceu os produtos da Herbalife ao visitar um Espaço Vida Saudável da rede em Mossoró (RN) com a tia que já vendida os produtos. Ao completar 18 anos, ele se cadastrou para ser um distribuidor independente da marca. A clientela é formada principalmente por contato via WhatsApp e Instagram.
“Eu entro nas redes sociais e acesso perfis de academias, saúde e beleza. Começo a seguir as pessoas e, quando elas seguem de volta, eu apresento e ofereço os produtos. Os clientes que eu tenho hoje foram conquistados basicamente fazendo relacionamento via redes sociais”, explica Antônio exemplificando a digitalização das Vendas Diretas.
Aliás, foi o segmento que proporcionou a primeira experiência profissional do estudante, que, em oito meses, já está formando a própria equipe de vendas, sem deixar de conciliar outras tarefas e seu lazer. “Eu consigo prospectar cliente, vou à academia, à faculdade, enfim, consegui montar uma rotina de trabalho, estudo e tenho momentos de diversão do jeito que eu considero mais saudável pra mim”, declara o estudante.
A venda direta se consolida como uma parte vital da economia gig, oferecendo flexibilidade, oportunidades de renda e empoderamento a milhões de pessoas ao redor do mundo. Com o apoio de tecnologias inovadoras e programas de capacitação, esse modelo de negócio está em pleno crescimento, adaptando-se às necessidades de um mercado de trabalho em constante evolução.
Nanoempreendedores
No Brasil, a Reforma Tributária irá estimular ainda mais este setor. Recentemente foi aprovado na Câmara dos Deputados a nova categoria nanoempreendedores que tem o objetivo de catalisar um crescimento, incentivando atividades de empreendedorismo. A medida prevê isenção de tributos para empreendedores pessoas físicas com receita anual de até R$ 40,5 mil. Na venda direta a categoria é principalmente formada classes D e E, com renda familiar de até R$ 3.375,00.
“É um passo significativo para empoderar milhares de brasileiros que buscam no empreendedorismo uma saída para melhorar suas condições de vida. Ao reduzir a carga tributária, estamos criando um ambiente mais favorável para que pequenos empreendedores possam prosperar e contribuir ainda mais para a economia do País”, finaliza Adriana Colloca, presidente da ABEVD.
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