A Geração Z – que inclui os nascidos aproximadamente entre 1995 e 2010 – tem dado provas de que avança com força em direção ao empreendedorismo. Segundo o Leaders Media, site especializado em negócios, liderança, estratégia e crescimento pessoal, uma pesquisa da ZenBusiness, plataforma para pequenos negócios, de Austin, Texas, mostra que 93% da Geração Z tomaram medidas para construir seus próprios pequenos negócios.
O estudo entrevistou 1.000 jovens entre 18 e 25 anos, revelando que 82% deles dizem que são mais adequados para serem empreendedores do que para seguir uma carreira tradicional. Do total, 72% acreditam que as carreiras tradicionais não estão disponíveis para eles e 90% querem criar algo novo para tornar o mundo um lugar melhor. A pesquisa revelou que 80% dos entrevistados consideram sua geração mais adequada ao empreendedorismo do que seus pais devido às mídias sociais e à tecnologia e que se veem “preparados para serem os mais empreendedores da história”.
Maioria já começou seu próprio negócio ou planeja fazê-lo
Outro estudo atesta a debandada da Geração Z em direção ao empreendedorismo. De acordo com pesquisa de 2022 publicada no site da Wolters Kluwer, fornecedora global de informações profissionais, soluções de software e serviços, o relatório “Small Business State of Mind”, encomendado pela Microsoft Corporation e conduzido pela Wakefield Research, mostra que 62% da Geração Z já começou seu próprio negócio ou planeja fazê-lo no futuro.
Mas a Geração Z está abordando a propriedade empresarial de maneira diferente das gerações anteriores. A identidade desta geração foi moldada pela era digital, preocupações com as mudanças climáticas, o terreno econômico, questões sociais e o impacto da pandemia da COVID-19. Estes jovens também são reconhecidos por usarem a internet para seu trabalho, compras, namoro e cultivar amizades.
Rapidez na construção de empreendimentos
Segundo a pesquisa publicada na Wolters Kluwer, a Geração Z desenvolveu uma inclinação natural para resolução independente de problemas e busca de respostas por conta própria. Aspirantes a empreendedores dentro desta geração possuem as ferramentas necessárias para criar rapidamente um site, estabelecer uma loja online ou se tornar parte de um mercado digital em poucas horas, geralmente com custo mínimo ou nenhum.
O ceticismo em relação ao modelo tradicional de sucesso profissional vivenciado pelas gerações anteriores se destaca como outro catalisador por trás da inclinação da Geração Z para o empreendedorismo.
Como a Geração Z desenvolve novos negócios
Segundo o site da Wolters Kluwer, a Geração Z está abordando a propriedade empresarial de maneiras diferentes das gerações anteriores, como as listadas abaixo:
- A Geração Z está mais propensa a iniciar negócios que tenham um impacto positivo no mundo. Muitos empreendedores da Geração Z estão focados em sustentabilidade, justiça social ou ambientalismo.
- São mais propensos a usar a tecnologia a seu favor. A Geração Z cresceu com a tecnologia e se sente mais confortável em usá-la para iniciar e expandir negócios, assim como usar as mídias sociais.
- Há mais probabilidade de serem flexíveis e adaptáveis, por terem passado por uma série de convulsões econômicas e sociais.
Para Helena Belintani Shigaki, coordenadora do curso de graduação em Administração da Fundação Dom Cabral, “a diferença é clara quando comparamos a Geração Z com os Baby Boomers, que possuem um perfil empreendedor mais tradicional, valorizando a estabilidade, segurança e experiência. Já ao comparar a Geração Z com a Geração Y, ou Millennials, podemos observar similaridades como independência, adaptação às mudanças e uso intensivo da tecnologia”.
Segundo ela, a diferença fica a cargo do propósito social, agilidade e flexibilidade, frequentemente presentes nas ideias empreendedoras da Geração Z. “Devido ao acesso facilitado à informação e recursos digitais, tanto a essa geração quanto a Alpha vivenciam o fenômeno do empreendedorismo precoce, aproveitando as oportunidades do mundo digital, em uma era imersiva, para iniciar seus negócios desde cedo”, pontua.
A coordenadora acrescenta que, para além de segmentar por gerações, “os componentes afetivos, comportamentais e cognitivos também desempenham um papel fundamental na intenção empreendedora de cada indivíduo”. Ela reforça que, na FDC, têm observado que os alunos da graduação estão cada vez mais motivados e comprometidos a iniciar seus negócios e criar soluções que tenham impacto positivo. “Para aqueles que não desejam seguir essa carreira, é importante reconhecer o papel do intraempreendedor em cada um, em que aplicam suas habilidades inovadoras, empreendedoras e de lideranças dentro das organizações, uma capacidade igualmente valiosa e essencial para o desenvolvimento e expansão das empresas no mercado”, finaliza.
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