Slow Fashion: entenda os conceitos e como empresas têm se destacado pela sustentabilidade na produção

Quando o assunto é moda, o brasileiro está cada vez mais preocupado com o consumo sustentável. 8 em cada 10 pessoas que responderam a uma pesquisa do Instituto Locomotiva para a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), divulgada neste ano, afirmaram que o critério de sustentabilidade é relevante na hora de adquirir roupas, calçados e acessórios. Esse pensamento vai ao encontro do que prega o movimento slow fashion (moda lenta, em tradução literal), que busca valorizar um processo produtivo mais cuidadoso, que utiliza matérias-primas sustentáveis para desenvolver peças mais duráveis e em menor escala.

“O conceito de slow fashion surgiu para atender ao consumidor responsável, preocupado com a produção em massa de artigos que, ainda que visualmente atrativos, são pouco duráveis e não agregam valor às economias locais. Esse movimento valoriza a produção local, promove sistemas produtivos mais transparentes e prioriza matérias-primas com maior durabilidade e que contribuem para a noção de circularidade, pois podem ser recicladas, reutilizadas ou reparadas. É a máxima do ‘menos é mais’”, explica Evandro Durli, CEO da Durlicouros.

Especializada em curtimento de couros wet blue, crust e acabado, a Durlicouros segue os preceitos do slow fashion em sua cadeia produtiva. A começar pelas características do próprio couro, que é natural, sustentável e renovável. A matéria-prima – a chamada “pele verde”, que se refere ao produto não curtido – é oriunda dos setores de carne e laticínios e seria um resíduo nocivo caso não fosse utilizada pelos curtumes na produção de couro com valor agregado.

Além disso, ao mesmo tempo que é um material durável, resistindo por gerações, o couro é biodegradável se for descartado, decompondo-se em até 45 anos no meio ambiente e em período não superior a 15 anos em aterros. Produtos em couro também são altamente reparáveis, podendo ainda ser reutilizados ou reciclados.

“O grande desafio da indústria do couro é a desinformação gerada por outros setores da economia, principalmente de produtos fabricados com tecidos sintéticos que trazem a falsa promessa da sustentabilidade. A verdade é que mesmo que sejam produzidos com uma parcela de fontes naturais, como cogumelos, os sintéticos têm sua composição baseada em combustíveis fósseis e microplástico, que promovem um impacto ambiental negativo severo”, comenta o gerente de Sustentabilidade da Durlicouros, Ivens Domingos.

Para Domingos, além de comunicar melhor seus atributos e contribuição para a economia circular, o setor do couro deve avançar em inovação nas áreas de rastreabilidade e conformidade quanto à origem da matéria-prima e na implementação de certificações e tecnologias de gestão de energia, água e resíduos.

O post Slow Fashion: entenda os conceitos e como empresas têm se destacado pela sustentabilidade na produção apareceu primeiro em Varejo S.A.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir