Um quarto dos consumidores brasileiros quer o fim do dinheiro físico

O consumidor brasileiro está cada vez mais adepto aos meios de pagamento digitais – e para muita gente, o dinheiro físico, de papel, está com os dias contados. É o que aponta o Relatório Varejo 2024 da Adyen, líder global de pagamentos para grandes empresas. A pesquisa destaca que quase um terço dos consumidores brasileiros (31%) já não carrega mais carteira física e realiza seus pagamentos digitalmente.

A pesquisa, realizada pela Adyen em parceria com o Centro de Pesquisa Econômicas e de Negócios (Cebr), também aponta que os consumidores reconhecem o potencial da digitalização para crescer nos próximos anos e impactar positivamente os pagamentos. Mais de um quarto (26%) dos consumidores brasileiros acredita que a sociedade deveria eliminar o uso do dinheiro no próximo ano. Outros 31% consideram que isso acontecerá entre três e cinco anos.

Além disso, há o desejo dos consumidores por métodos mais simplificados e ágeis em suas compras online. Cerca de 18% dos brasileiros afirmaram que querem concluir suas transações em poucos cliques, inserindo o mínimo de informações possível. Além disso, os brasileiros estão à frente da média global quanto se fala em tecnologias de segurança: 30% dos consumidores já utilizam biometria, como impressão digital ou reconhecimento facial, para autenticar transações online ou presenciais, enquanto globalmente são 18%.

“O consumidor tem valorizado a conveniência da digitalização do dinheiro. O Pix foi um ótimo propulsor de digitalização, acelerando a adoção e a curva de aprendizado do usuário, que passou a experimentar outras tecnologias em sua rotina, como as carteiras digitais e as transações por aproximação”, explica Renato Migliacci, Vice-Presidente de Vendas da Adyen Brasil. “Soma-se a isso a modernidade e a robustez do ecossistema de pagamentos e do parque de terminais brasileiros, que traz confiança e segurança para parte dos consumidores não carregarem mais carteira. Trata-se de uma transformação comportamental, resultado de anos de investimento do setor”, acrescenta.

O papel das empresas

O Relatório Varejo 2024 mostrou ainda que 59% dos brasileiros saem de lojas físicas e 46% desistem de comprar online se não puderem pagar como desejam. Isso traz luz a como os consumidores estão altamente exigentes por jornadas de compras personalizadas. Mais de um quarto (27%) dos varejistas brasileiros reconhecem, inclusive, que atender essas expectativas é um desafio.

“Enquanto os consumidores buscam conveniência, cabe às empresas fornecer o que está ao alcance em termos de serviços e métodos de pagamento, alinhados com as preferências do cliente. Além disso, o investimento na jornada de pagamento também previne impactos negativos na taxa de autorização de transações legítimas e em fraudes”, afirma Renato Migliacci.

De acordo com a pesquisa da Adyen, as empresas estão se preparando para proporcionar jornadas digitais mais flexíveis para o consumidor. Mais da metade das empresas brasileiras (51%) já aceita pagamentos por meio de carteiras digitais, como Apple Pay, Google Pay ou PayPal, por exemplo. Quase o dobro da média global, de 28%. Além disso, 25% dos varejistas brasileiros permitem checkouts on-line com apenas um clique, também acima da média global, de 19%.

Já no que diz respeito ao uso de tokenização (tecnologia que converte os dados dos cartões em códigos personalizados), as empresas brasileiras estão à frente da média global, com 25% contra 16%.

Oportunidades da unificação dos pagamentos

O Relatório Varejo 2024 também aponta que 27% dos varejistas brasileiros ainda utilizam diferentes provedores de pagamentos para transações online e na loja física, destacando que o varejo tem capacidade para melhorar as experiências de pagamentos e aumentar as taxas de autorização de transações legítimas.

“A digitalização dos pagamentos passa pela integração de canais. Utilizar um provedor de pagamentos único para os canais digitais e físicos, além de facilitar a implementação de novas soluções e métodos de pagamento, gera um diferencial competitivo para as empresas, ao atender à demanda dos consumidores por jornadas de compra multicanais”, afirma Migliacci. “Quanto mais integração, melhores são os dados e insights para o negócio. Isso também prepara o varejista para o futuro ditado por IA e outras tecnologias que exigem um grande volume de dados organizados”, finaliza o executivo.

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