29% afirmam que vão economizar o dinheiro. 55% dos entrevistados pretendem fazer algum “bico” para aumentar a renda e comprar mais presentes
Novembro é o mês em que os trabalhadores recebem a primeira parcela do 13º salário. O período é aguardado com expectativa pelos consumidores e traz alívio para o bolso do brasileiro. Trata-se de um dinheiro extra que pode ajudar tanto no pagamento de dívidas, quanto nas comemorações de Natal e Réveillon. Uma pesquisa feita em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offerwise Pesquisas, mostra que neste ano os trabalhadores que têm direito ao valor pretendem comprar presentes de Natal (36%), economizar e investir (29%), gastar nas comemorações de Natal ou Ano Novo (22%) e comprar produtos que tinham vontade (21%).
O décimo terceiro salário também é visto pelos consumidores como uma oportunidade para organizar a vida financeira. De acordo com a pesquisa, 17% vão usar o dinheiro para pagar dívidas em atraso.
Na avaliação do presidente da CNDL, José César da Costa, antes de decidir o que fazer com o dinheiro do décimo terceiro salário, o ideal é que o consumidor faça uma análise de sua situação financeira e estabeleça prioridades.
“É importante o trabalhador ficar atento aos gastos e priorizar o pagamento de dívidas. O país vive um momento de alta inadimplência e a entrada do 13º salário é a oportunidade de colocar as contas em dia e fechar o ano com o orçamento organizado”, afirma Costa.
O presidente da CNDL alerta que é importante considerar os gastos que costumam aparecer no começo do ano, como o IPTU, as matrículas escolares e o IPVA, por exemplo.
“Além do pagamento de dívidas, é o momento do trabalhador se organizar para os gastos extras. O início do ano é sempre o momento de pagamento de impostos e de taxas, como matrícula, e também compra de material escolar, por exemplo. Uma reserva extra deve ser organizada para não ser pego de surpresa e já iniciar o ano endividado”, alerta José César da Costa.
55% dos entrevistados pretendem recorrer a bicos para aumentar a renda e gastar mais no Natal
A pesquisa ainda mostra que 55% dos entrevistados pretendem fazer bicos para comprar mais presentes para o Natal, principalmente as pessoas até 54 anos e das classes C, D e E (60%).
“O Natal é uma data tradicional e o brasileiro não deixa de fazer suas compras. Se a pessoa quer investir um pouco mais na festa e nos presentes, uma atividade que possa gerar mais recursos é, realmente, uma boa saída para evitar endividamento. A boa notícia é que o período de final de ano é sempre um momento de aberturas de novas vagas de trabalho temporário, por isso boa parte dos trabalhadores devem e podem recorrer aos bicos para aumentar a renda para as comemorações de final de ano”, orienta Costa.
METODOLOGIA
Público-alvo: Consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) e que pretendem comprar presentes para o Natal.
Método de coleta: pesquisa realizada via web e pós-ponderada por sexo, idade, estado, renda e escolaridade.
Tamanho amostral da Pesquisa: 740 casos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas com intenção de comprar presentes no Natal. Em seguida, continuaram a responder o questionário 600 casos, que tinham a intenção de comprar presente no Natal. Resultando em, respectivamente, uma margem de erro no geral de 3,6 p.p e 4,0 p.p para um intervalo de confiança a 95%.
Período da coleta dos dados: 10 a 17 de outubro de 2022.