CDL faz apelo aos bancos e abraça campanha nacional propondo Juro Zero

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande (CDL-CG) está lançando na região a campanha Juro Zero. O objetivo é sensibilizar os bancos públicos e privados a promoverem linhas de crédito sem juros para socorrer o setor produtivo. Outra reivindicação é que o BNDES discipline o comportamento dos bancos na liberação dos recursos para o pagamento da folha dos funcionários, referindo-se à linha de crédito de 40 bilhões anunciada pelo Governo Federal na semana passada.

Segundo o Presidente da entidade, Artur Bolinha, o eixo da campanha é “hora de juro zero para o comércio não quebrar, o emprego não acabar e a vida continuar”.  Segundo ele, “é preciso que os bancos façam a sua parte praticando juro zero, para que com isso possam salvar empresas e acima de tudo empregos. É fundamental que essa política seja estabelecida”.

A ideia é alertar para a necessidade de desburocratizar o acesso às linhas de crédito especiais lançadas pelo governo. “Vivemos um momento complicado em todos os setores e entendemos que as micro, pequenas e médias empresas, que são as que mais necessitam de recursos neste momento, estão tendo dificuldades na aprovação do crédito”, afirmou o Presidente da CDL.

Lançada pela CDL Belo Horizonte a iniciativa tem sido abraçada por outras entidades representativas do setor produtivo no país. “O Juro Zero não é interesse apenas do setor de comércio e serviços. É interesse de todo mundo que trabalha e produz neste país. Não é possível que nossos bancos pensem em ganhar um centavo sequer com essa crise que está matando pessoas, empresas e empregos. Está na hora deles demonstrarem solidariedade. É até mesmo um ato de patriotismo”, disse o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva.

O presidente da CDL mineira ressaltou ainda que os cinco principais bancos do país, dois públicos, Caixa e Banco do Brasil, e três privados, Itaú, Bradesco e Santander, tiveram lucros de mais de 100 bilhões de reais em 2019. Todos tiveram ganhos maiores em relação ao ano anterior. “Esse Juro Zero não é caridade. É interesse dos bancos manter empresas sadias e pessoas empregadas. Se eles não cooperarem agora, muitos dos seus clientes, que proporcionam lucros para eles, vão quebrar”.

 

 

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