Campina Grande vem apresentando ao longo do ano números preocupantes relacionados à geração de empregos formais. Segundo a atualização mensal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado esta semana, a quantidade de desligamentos tem sido muito acima da média registrada nos três últimos anos.
Segundo o CAGED, de janeiro a julho de 2019 foram contratados 14.574 profissionais com carteira assinada enquanto 15.502 foram demitidos, ocasionando o saldo desfavorável de 928 postos de trabalho fechados nos setores produtivos da economia campinense.
Até o momento, no acumulado do ano, o setor calçadista tem apresentado o maior percentual de vagas fechadas seguido pelo setor de telemarketing (conforme demonstra tabela 1).
Tabela 01: Funções que mais demitiram ao longo de 2019:
Função | Saldo |
Preparador de calçados | – 294 |
Cortador de Calçados | – 186 |
Operador de telemarketing | – 147 |
Fonte: CAGED
Mês de julho teve o pior resultado dos últimos quatro anos
Ainda de acordo com o CAGED, em julho de 2019 foram registradas 1.914 contratações e 2.437 desligamentos, ou seja, – 640 postos de trabalho. Desde o ano de 2015 a cidade não apresentava dados tão baixos na geração de empregos com carteira assinada (confira a tabela 2).
Julho / Ano | Saldo |
2019 | – 640 |
2018 | – 220 |
2017 | – 536 |
2016 | – 277 |
2015 | – 704 |
Fonte: CAGED
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL Campina Grande, Artur Almeida, demonstrou preocupação com os números divulgados. Segundo ele, a cidade carece de um diagnóstico traçando o perfil do profissional campinense para que as empresas se sintam atraídas a investirem nela. “É fundamental realizarmos o mapeamento do perfil de nossa mão de obra pra que isso possa atrair empresas para se instalarem aqui”, disse.
Ao longo de 2019, Paraíba perdeu mais de cinco mil postos de trabalho
O Estado da Paraíba também apresenta saldo negativo em seu levantamento parcial junto ao CAGED. De janeiro a julho o estado perdeu 5.796 empregos formais. Entre todas as unidades da federação, a Paraíba figura com o 5º pior resultado entre todos os estados da federação.