A greve dos caminhoneiros já dura quatro dias. Eles realizam manifestações em 25 estados e no Distrito Federal causando reflexos por todo o país.
Em Campina Grande os protestos provocaram a redução em pelo menos 40% na frota dos transportes coletivos, paralisação dos motoristas de transportes alternativos e por aplicativo, além da falta de combustível nos postos.
O resultado disso tem sido refletido no comércio. Um balanço realizado pela assessoria de comunicação da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL Campina Grande revelou que algumas lojas já registram queda de 40% nas vendas e que o movimento de consumidores caiu pela metade.
De acordo com o presidente da CDL, Artur Bolinha, a causa dos caminhoneiros é justa, porém as pessoas precisam entender o que realmente leva o país a situação a qual se encontra. “A questão é que as causas que verdadeiramente nos levaram a esta situação não são os combustíveis, mas o fato do país ter uma carga tributária elevadíssima e isso não é atacado. Ou seja os privilégios do setor público e político, o déficit da previdência e o elevado nível de corrupção. Enquanto não atacarmos essa questão vivermos em um país mergulhado nessa situação de dificuldade”, disse.
Fake News
A CDL Campina Grande comunica que não fez nenhum tipo de orientação sobre o horário de funcionamento do comércio para esta quinta-feira, 24 de maio de 2018, em virtude da greve dos caminhoneiros e crise no fornecimento de combustíveis na cidade. Cada estabelecimento pode atender normalmente, dentro do horário habitual.
O comunicado se dá em virtude de uma mensagem de WhatsApp que está circulando, informando que a CDL teria se manifestado a respeito do assunto, orientando o comércio a fechar mais cedo como forma de apoio à paralisação.
A entidade repudia a ação de pessoas que insistem em disseminar as chamadas “fake news” para criar uma situação de desordem e deixar a população em pânico.