Movimento Lojista paraibano recebeu com muita indignação as palavras ditas pelo assessor do Governo do Estado (diga-se porta-voz não oficial) acusando a CDL Campina Grande de defender a sonegação de impostos, quando na verdade o que a entidade busca, assim como as demais que integram a Federação das CDL´s da Paraíba, é que o governador Ricardo Coutinho abra mão da cobrança de multa aos empresários do varejo que, por algum motivo, deixarem de colocar o número do CPF na nota fiscal do consumidor eletrônica (NFC-e).
Nos sentimos atingidos com as acusações levianas de quem deveria entender que defendemos o diálogo e o bom entendimento entre o setor público e o privado. Ao invés disso, buscou agredir com palavras homens e mulheres de bem que trabalham honestamente para arcar com a pesada carga tributária, gerar e manter empregos mesmo diante de um momento de dificuldade e incertezas econômicas vividas pelo Brasil e que tem afetado todos os setores produtivos.
A multa é um abuso, assim como a cobrança de R$ 0,03 por cada nota emitida nas vendas do varejo. Como resultado do aumento desenfreado dos impostos pelo qual o atual governo optou o que haverá é o encarecimento dos produtos, a diminuição das vendas e das receitas, ocasionando o desemprego. E não é exagero! De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, de janeiro de 2015 a março de 2017 a Paraíba fechou 5.584 vagas de empregos somente no comércio.
A população paraibana e os milhares de empreendedores que representamos do litoral ao sertão precisam saber: apesar das inúmeras tentativas da nossa parte, o governador da Paraíba não recebe os dirigentes lojistas para dialogar. Sua gestão resolveu adotar um regime autoritário e sem espaço para os setores que defendem a sociedade.
A intenção da FCDL sempre foi de apesentar sugestões que visam o desenvolvimento econômico do Estado com medidas que incentivam o recolhimento de tributos sem que isso pese no bolso dos empresários do varejo. Talvez se tivesse nos ouvido não estaria aplicando decretos tão pesados como os já citados mais a cima.
Mesmo diante da recusa, continuaremos tentando debater esses e tantos outros assuntos dos quais defendemos. Acreditamos que antes do término do seu mandato, o governador irá dispor de tempo para conversar com a classe empresarial.
Por fim, pedimos que os assessores do atual aprendam a respeitar uma entidade com mais de cinquenta anos de história de luta em defesa dos maiores geradores de emprego e de receita no Estado da Paraíba. Os empresários do varejo.
José Lopes Neto
Presidente da FCDL