A taxa de desistência de compras internacionais no momento do check-out aumentou para 66% após a implementação do Programa de Remessa Conforme, conforme revela pesquisa realizada pela consultoria Plano CDE e encomendada pelo Grupo Alibaba. Entre os dados coletados, 75% do público se opõe ao aumento de impostos em plataformas de e-commerce internacional. O estudo revela uma mudança significativa no cenário de compras online, com insights valiosos sobre o comportamento do consumidor.
Nos três meses anteriores à pesquisa (setembro a novembro de 2023), uma expressiva maioria de 94% dos consumidores já havia realizado compras online. Dentre essas transações, 44% foram efetuadas por meio de plataformas estrangeiras.
Contudo, um desafio identificado foi a taxa de desistência no momento do check-out, atingindo 66%, atribuídas à inclusão de impostos que impactou significativamente a decisão de compra do consumidor. 45% desses consumidores não realizaram a compra em outra loja, seja internacional ou do comércio local.
A pesquisa também mostrou que os consumidores brasileiros recorrem às plataformas estrangeiras devido à indisponibilidade no mercado nacional e à busca por preços mais acessíveis, destacando a influência direta do custo na decisão de compra. 62% dos consumidores entrevistados entende que a importação possibilita o consumo, especialmente de quem tem menos renda, enquanto 56% diz que importação dá acesso a produtos diferentes.
Impostos vs competitividade
Sobre as taxas cobradas em itens importados, 75% do público respondeu que é contrário ao aumentos dos impostos e, a maioria (90%), diz concordar em reduzir a atual alíquota de 92% para produtos acima de 50 dólares. Entre os entrevistados, 87% acredita ser mais correto reduzir taxações dos produtos nacionais ao invés de aumentar o imposto dos produtos importados.
Por fim, o estudo destaca que a maioria dos consumidores reconhece os mais importantes benefícios dos sites internacionais como: o acesso a produtos não disponíveis localmente e preços mais acessíveis. Estas percepções indicam a necessidade de um equilíbrio na aplicação de impostos para promover um ambiente de comércio eletrônico mais inclusivo e competitivo e que tenha como foco quem mais importa, o consumidor brasileiro.
A pesquisa, realizada por meio de uma abordagem quantitativa online, entrevistou pessoas que realizaram compras online nos últimos 12 meses. A coleta de dados ocorreu entre 23/12/2023 e 09/01/2024, contando com 2.535 respondentes representando diversos gêneros e as classes ABCDE, conforme o critério brasileiro. A margem de erro foi de 2%, com um intervalo de confiança de 95%.
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